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Os Jacobinas

Jacobina não discutia nunca. É assim que Machado de Assis define seu personagem no conto " O Espelho ": um homem que não discutia nunca. Mas esse homem estava em uma pequena casa no morro de Santa Teresa onde mais quatro homens discutiam, e discutiam questões de alta transcendência até que, ao tocarem na questão da alma humana, Jacobina foi convidado a expor sua opinião. "Nem conjectura, nem opinião... mas, se quiserem ouvir-me calados..." Esse casmurro não queria ouvir a opinião de seus companheiros, queria apenas contar um caso ocorrido com ele por volta dos vinte e cinco anos de idade; caso esse que comprovaria a sua tese de que não há somente uma alma, há duas: uma interior e outra exterior; "uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro...." e tendo esta a mesma importância vital daquela. Se quiserem saber o caso ocorrido com Jacobina e como ele comprovou a sua tese, leiam o conto machadiano. Quanto a mim, somente quero apr...

É Para o Bem do Reino

Era uma vez um homem extremamente crédulo. Tudo quanto lhe contavam ele acreditava. Assim, foi fácil para ele crer em Jesus Cristo e entregar-se totalmente ao senhorio deste, e continuava acreditando em tudo o que lhe contavam, ainda que não tivesse respaldo bíblico. "Sabe como é, o Espírito é livre e pode fazer o que quer", pensava ele. Era uma vez um outro homem, extremamente desconfiado. Tudo quanto lhe contavam ele não dava importância achando que era mais uma lorota. Contudo, ele também, pela graça de Deus, aceitou a Jesus como seu senhor, mas continuou não acreditando em tudo quanto lhe diziam, ainda que tivesse respaldo bíblico. "Sabe como é... esta é a interpretação que o irmão tem, será que não existe nenhuma outra?", dizia ele. Certo dia esses dois irmãos se conheceram em uma programação da igreja (eles eram membros da mesma igreja, porém não se conheciam ainda. Coisa de igreja grande) e travaram um longo bate-papo, onde ficou bem claro para ambo...

Espiritualidade Autêntica

"Escolheu doze dentre eles para ficarem em sua companhia e para enviá-los a pregar." (Mc 3.14 - Vozes) A Bíblia conta a história de amor de um Deus que anseia por se relacionar de modo verdadeiro e completo com o ser que criou. A maior prova desse amor foi a encarnação. Nesse evento, o Deus Filho fez-se um de nós. Amou tanto que se esvaziou (Fp 2.5-8); viveu cercado de gente, relacionando-se intimamente com alguns. O discípulo amado pode se aconchegar a ele (Jo 13.23). O versículo destacado nos mostra esse desejo de Jesus por um relacionamento mais íntimo, mas pessoal com os seus. A epígrafe nos diz que ele fez uma escolha, e essa escolha tinha um propósito: que os chamados ficassem em sua companhia, pois esse é o desejo de Jesus e nisso está a espiritualidade autêntica: em que nos relacionemos, de modo afetivo, amoroso com o nosso Deus. O nosso desígnio é estar com o Senhor! O chamado do Mestre é de comunhão e serviço. Somente pode sair para pregar quem antes est...