Você Conhece o Azevinho?


Você Conhece o Azevinho?[1]

Nosso Senhor Jesus Cristo já advertiu que viriam muitos em seu nome, viriam como lobos em peles de ovelhas,[2] teriam aparência de piedade, fariam sinais e maravilhas e, se possível, enganariam até mesmo os escolhidos.[3] Fica então uma questão muito importante: diante da aparência de piedade, das palavras que encontram eco em nossas crenças e dos sinais que nos confortam em dias tão difíceis, como saber se estamos sendo enganados? Jesus disse que seria pelos frutos que nós os conheceríamos e acrescenta: “por acaso colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos de plantas com espinhos?”[4] É claro que não! Jesus utiliza aqui algo muito contrastante em que é possível distinguir facilmente quem é seu discípulo de quem não o é, de quem tent
a enganar. Mas e as frutas que têm aparência saborosa e mostram-se comestíveis?
Há frutas, como o azevinho, que parecem deliciosas, mas são veneno puro. Têm boa aparência, despertam o apetite, são desejáveis, porém danosas. Essas são as piores, pois não há o contraste visível como há entre a uva e o espinheiro. Essas enganam e matam com mais facilidade. Contudo, mesmo assim é possível conhecer a toxidade de uma planta por mais que ela se pareça com uma que é comestível. Mas como? Primeiro pela história. Sim, pela história. Pelo conhecimento passado por aqueles que já experimentaram da toxidade e nos legaram sua ciência. O negacionismo não é nem mesmo razoável nesse quesito, pois não é sábio se negar o que já foi provado pela experiência. Em segundo lugar, pelos efeitos que o fruto provoca. Mesmo tendo aparência de saudável, os efeitos são devastadores. Não se pode negar o efeito de morte que o falso fruto produz. Mas, e o que tudo isso tem a ver com Jesus, com ser cristão?
A reta doutrina cristã ensina que o discípulo de Cristo é habitação do Espírito Santo e que uma vida de comunhão com Deus e dirigida pelo Espírito produz fruto, cujos gomos são amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.[5] Ora, aquele que se diz cristão, mas cultiva o ódio, descontentamento, beligerância, irritabilidade, malignidade, maldade, infidelidade, ferocidade e intemperança são notórios seguidores do maligno, do inimigo da paz e da verdade, e é fácil essa percepção. Esses são os do primeiro tipo. Como alguém não consegue distinguir entre o espinheiro e a uva ou o figo? Como alguém prefere ferir-se a alimentar-se? Mas e os do segundo tipo que são mestres no engano? Também é possível perceber o quão danosos são, pois estão sempre extorquindo os fiéis, colocando o lucro acima de tudo,[6] apoiando o discurso de ódio e os seus propaladores, inventando e divulgando mentiras, satisfazendo assim a vontade do seu deus, o pai da mentira, do ódio e da morte.
Quanto aos cristãos de verdade, desejosos ter uma vida de piedosa comunhão com Deus, obedeçam ao apóstolo Paulo que diz: “quando um amigo que alega ser cristão se comporta de modo promíscuo ou corrupto, cheio de revolta contra Deus ou contra os amigos, se embebeda ou se torna explorador, vocês não devem agir como se tudo isso fosse normal. Não podem simplesmente conviver com isso, como se fosse um comportamento aceitável.”[7]
Lembrem-se que os maiores embates de nosso Senhor foram com os religiosos que tinham aparência de piedade, mas cultuavam tanto a morte que o crucificaram. Afastem-se do discurso de ódio e de morte! Afastem-se deles ou estarão afastados de Cristo!




[1] Prof. Odimar Gomes Junior. Teólogo, licenciado em Letras Clássicas e mestrando em História.
[2] Mateus 7:15
[3] Mateus 24:24
[4] Mateus 7:16
[5] Galátas 5:22,23
[6] 1ª Timóteo 6:3-9
[7] 1ª Coríntios 5:11 – A Mensagem.

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